Em biologia, a palavra “rato” nem sempre é uma alusão a um animal pequeno, com as suas variações. A demonstração mais clara e cristalina é este gigantesco roedor pré-histórico do Plioceno, o maior que já habitou a Terra.
Embora seja difícil de acreditar, esta espécie originária da América do Sul é parente dos ratinhos da Índia, segundo foi revelado num estudo publicado no “Journal of Anatomy”, e cujas conclusões foram retiradas a partir de um fóssil.
Vagueava pelo planeta há cerca de três milhões de anos, na região onde é actualmente o Uruguai. Falando sobre o seu tamanho, este rato gigante seria do tamanho de um carro, pensando mais de 2 toneladas, e tendo cerca de 2,50 metros de comprimento e 1,20 de altura.
Comparando-o a animais conhecidos, tinha um tamanho semelhante a um búfalo e um peso quase dez vezes maior que um leão, e alimentava-se de ervas rasteiras. Esta descoberta roubou o recorde a um outro roedor, que até agora era o maior conhecido, o Phoberomys pattersoni, de 700 quilos, e que viveu durante o período do Mioceno Superior. Ambos estão relacionados.
Também o seu nome não passa despercebido, tendo sido este roedor histricomorfo da família Dimomyidae, baptizado como Josephoartigasia monesi, e foi um enoooooorme rato pré-histórico…
Curiosamente, e tal como revelaram os paleontólogos que descobriram o único espécimen fóssil deste animal, um crânio encontrado no Uruguai em 2007, apenas utilizava os seus enormes dentes incisivos para cavar em busca de comida e defender-se dos predadores, tal como fazem actualmente os elefantes com as suas presas.
O animal vivo mais próximo é o pacarana (Dinomys branickii), o único membro sobrevivente da família Dinomyidae, mas que está também actualmente em perigo de extinção. Tem 10 a 15 quilos e mede uns 80 centímetros, sem a cauda.