No ano de 2008 foi enviado ao espaço o satélite IBEX (Interestelar Boudary Explorer ou explorador da fronteira interestelar) pelos cientistas da NASA, com o objectivo de determinar a fronteira entre o nosso acolhedor Sistema Solar e o frio espaço estelar que nos rodeia Mas para surpresa de todos o satélite descobriu uma nova e assombrosa característica: o Sistema Solar possui uma cauda semelhante à dos cometas e que se estende pelo espaço muito para lá da heliosfera (a zona de influência do vento solar), atravessando inclusivamente a Nuvem de Oort.
O satélite IBEX conseguiu captar em 2009 uma corrente de partículas carregadas de energia e que rodeia o Sistema Solar, tendo os cientistas começado imediatamente a procurar explicações para o fenómeno. Mas seria apenas no ano de 2011 e após uma serie de ajustes no satélite que foram encontradas novas evidências sobre a existência de uma grande “bolha” à nossa volta, realizado através de detecções parciais. Após reunir todas as peças do quebra-cabeças foi possível determinar que a chamada “heliocauda” possui uma forma ovalada e aplanada devido às forças dos campos magnéticos exteriores da Via Láctea.
Para chegar as estas conclusões foram necessários cerca de 3 anos de trabalho duro e à custa de muitas observações meticulosas. Foi assim que se chegou à conclusão que as fronteiras do sistema solar estão mais além em cerca de 160.000 milhões de quilómetros do que até há pouco se considerava estar sob o raio de influência do Sol. Esta heliocauda é a continuação do vento solar que se vai desagregando lentamente, perdendo-se no vazio do espaço interestelar, e devido ao qual não é possível determinar com exactidão o seu tamanho total.