O satélite IBEX conseguiu captar em 2009 uma corrente de partículas carregadas de energia e que rodeia o Sistema Solar, tendo os cientistas começado imediatamente a procurar explicações para o fenómeno. Mas seria apenas no ano de 2011 e após uma serie de ajustes no satélite que foram encontradas novas evidências sobre a existência de uma grande “bolha” à nossa volta, realizado através de detecções parciais. Após reunir todas as peças do quebra-cabeças foi possível determinar que a chamada “heliocauda” possui uma forma ovalada e aplanada devido às forças dos campos magnéticos exteriores da Via Láctea.
Para chegar as estas conclusões foram necessários cerca de 3 anos de trabalho duro e à custa de muitas observações meticulosas. Foi assim que se chegou à conclusão que as fronteiras do sistema solar estão mais além em cerca de 160.000 milhões de quilómetros do que até há pouco se considerava estar sob o raio de influência do Sol. Esta heliocauda é a continuação do vento solar que se vai desagregando lentamente, perdendo-se no vazio do espaço interestelar, e devido ao qual não é possível determinar com exactidão o seu tamanho total.