Verdade vs. Ficção: Antropologia forense

Verdade vs. Ficção: Antropologia forense

Verdade vs. Ficção: Antropologia forense 1É preciso reconhecer. Há cada vez mais fanáticos das series baseadas na ciência forense: CSI, Bones, NCIS… Mas nem tudo o que reluz é ouro. Já sabemos que este tipo de séries nem sempre diz a verdade. A dramatização dos factos costuma tapar a realidade.

O ADN não se consegue obter em dez minutos, podendo levar vários dias ou semanas. O mesmo acontece com a análise dos tecidos, ossos e demais resíduos corporais. A menos que os americanos tenham algum tipo de tecnologia que ninguém ainda conhece…

Para além disso, os investigadores forenses que podemos ver em acção no pequeno e grande écrans, não são apenas cientistas versados no tema. São também detectives que resolvem assassinatos e outros casos complexos, apenas pela análise de uma chiclete debaixo de uma mesa ou de uma minúscula pestana encontrada dentro de uma almofada de penas. Pois bem, a realidade neste caso não acompanha a ficção.

Efectivamente, um antropólogo forense dedica-se única e exclusivamente ao estudo dos ossos e outros restos de um cadáver. A obtenção de ADN, as autopsias, a interpretação dos salpicos de sangue, a procura de fibras, pelos e outras evidencias e análise balística não são tarefas proprias deste profissional.

Na cena de um crime, o antropólogo forense participa e colabora na busca e recolha de restos. Uma vez obtidos, separa a matéria óssea do resto e no laboratório limpa os ossos e submete-os a uma análise minuciosa em busca de qualquer informação, como por exemplo, possíveis traumatismos, doenças recentes ou de nascença, a idade, o sexo, a raça, o peso e a estatura da pessoa. Ainda colabora com as autoridades policiais e judiciais para confirmar ou descartar o curso da investigação dos casos.

Dependendo da profundidade a que foi enterrado um cadáver escondido num caixão, a decomposição total dos tecidos moles demora entre 40 e 50 anos. Os corpos abandonados à intempérie e expostos aos elementos obviamente que o fazem muito antes. Mas ser for osso, ainda passarão muitos anos antes de se tornar em pó.

As respostas escondidas nos ossos de um cadáver de alguém morto em circunstâncias obscuras não podem ser obtidas através de uma simples autopsia, nem de uma análise de ADN. São eles, os ossos onde o antropólogo forense encontra todas aquelas pistas que não se conseguem obter de nenhuma outra forma.

 

Foto Via: www.kriminal.org

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2 Responses

  1. Samantha Lisboa

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