Origami é uma expressão artística antiga e impressionante. Na técnica original não se utilizam tesouras ou colas para criar figuras, no entanto, nas criações modernas é comum observar o uso de varias folhas de papel unidas por dobras para criar esculturas muito mais complexas e com uma paleta de cores muito mais variada.
As criações do americano Brian Chan encaixam perfeitamente no ramo do origami moderno, mas fieis à tradição, são coloridas e complexas peças construídas a partir de um único pedaço de papel. Segundo as palavras do próprio Chan, a sua paixão pelo origami começou em tenra idade no jardim escola, hobby que retomou com maior frequência posteriormente quando se encontrava a estudar engenharia no Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT) nos Estados Unidos.
Numa tentativa de demonstrar o lado artístico da matemática, o engenheiro de descendência oriental começou a criar os seus próprios padrões de origami no ano de 2005. Na sua colecção de impressionantes esculturas de papel, podemos identificar maioritariamente figuras de insectos, animais e personagens de caricaturas japonesas.
Para não se enganar nos passos, Chan traça primeiro e à parte figuras geométricas que lhe indicarão como e onde irá fazer as dobras. Posteriormente, Chan passa o desenho para o papel que utilizará para criar o origami e começa a dobrar. Para criar as suas obras artísticas, o engenheiro utiliza diversos materiais que vão desde pinças até molas ou clips. O que não me parece muito claro é se cada peça é tratada especialmente com tintas e diversas cores antes de ser dobrada ou se o artista aproveita as tonalidades originais do papel no momento de criar as suas peças de origami.
Este artista lembra-me bastante a frase do Chef Gusteau no filme da Pixar, Ratatouille: Qualquer um pode cozinhar. Só que neste caso, Chan mostra-nos que um engenheiro pode criar não só coisas impressionantes, como também delicadas, belas e artísticas. Pelo que me atrevo a afirmar que sim, qualquer um pode ser um artista.