guilhotina

A guilhotina

guilhotinaEm todas as épocas da história ouve execuções. As penas de morte eram comuns e muitas vezes eram executadas de uma forma absolutamente selvagem. Podiam ser executadas à pedrada, a golpes de machado ou de espada ou empurrando os condenados para ravinas ou penhascos. Em pleno século XVIII alguém pensou num mecanismo que evitasse todo esse sofrimento, tendo surgido então a guilhotina.

O aparelho em si já existia e era usado na Alemanha, Escócia, Inglaterra e Itália desde cerca de 1500, mas foi o cirurgião francês Joseph Ignace Guillotin, deputado na Assembleia Nacional Francesa, que aperfeiçoou o seu funcionamento, tornando mais eficazes e rápidas as decapitações. Para levar avante o seu projecto falou centenas de vezes no parlamento até conseguir a aprovação do uso da guilhotina.

Em 1789, Guillotin encarregou o secretário da Academia de Cirurgia, o Dr. Antoine Louis, de desenhar uma máquina baseada nas já existentes. A máquina após estar pronta foi testada com animais e de seguida com cadáveres. Contam os historiadores que o único problema do desenho original era a lâmina, que tinha uma forma recta, o que dificultava o corte. Após alguns testes, decidiram usar uma lâmina com uma forma obliqua.

A Assembleia Nacional começou a usar a guilhotina para todos os condenados, sem distinções hierárquicas, especialmente durante a Revolução Francesa.

Embora pareça mentira, a guilhotina continuou a ser usada em França até 10 de Setembro de 1977. O último decapitado foi o tunisino Hamida Djandoubi, sentenciado à morte por ter cometido um assassinato. Foi um dos últimos países que suspendeu a pena de morte. Em Portugal a pena de morte foi abolida oficialmente em 1867 (não era aplicada desde 1847), na Suécia em 1910, na Bélgica em 1918, na (Republica Federal da) Alemanha em 1949 e na antiga República Democrática da Alemanha em 1969.

Ouve ainda uma tentativa de recuperar esta cruel forma de condenação. Em 1996, o legislador democrata dos Estados Unidos da América, Doug Teper, representante do Estado da Geórgia, apresentou em projecto para substituir a cadeira eléctrica pela guilhotina. O seu argumento era de que era mais rápido, mas eficaz e permitia que os órgãos do condenado podiam ser doados. A proposta foi rejeitada imediatamente. Obviamente, a notícia teve uma enorme repercussão nos meios de comunicação social de todo o mundo.

Actualmente, a pena capital ainda é praticada em mais de 25 países por todo o mundo. É um dado realmente curioso, pois além de ter diversas contradições legais, morais, jurídicas e filosóficas, já foi mais do que comprovado do ponto de vista social que aplicar a pena de morte não trás nenhum resultado positivo. Muito pelo contrário.

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