De acordo com uma reportagem da BBC Mundo, a ideia é decompor a ureia e o amoníaco presentes na urina, transformando-os em hidrogénio através de una pequena quantidade de corrente eléctrica. Gerar hidrogénio a partir da agua, hoje em dia, torna-se um processo caro e dispendioso.
Gerardine Botte, a directora do Centro de Investigação e autora do estudo, disse à BBC que “há mais ureia e amoníaco e por isso mais hidrogénio, e comprovámo-lo com urina de seres humanos, de animais e com urina sintética”.
Segundo os cálculos do Centro de Investigação de Energia Electroquímica, um carro que funcione a partir de células de hidrogénio poderia contabilizar 150 quilómetros com somente um galão, o que se pode traduzir num consumo de cerca de 40 km por litro.
Para a cientista, a descoberta é também uma forma eficiente de purificar a água, pelo que a sua principal aplicação seria em estações de tratamento de água e em quintas, onde as grandes quantidades de ureia e amoníaco criam um enorme problema ambiental.
“A urina dos 22 mil estudantes desta universidade (o ser humano urina entre dois a três litros por dia) poderia gerar energia para umas 50 a 70 casas, ao ser processada por uma célula de combustível”, explicou a professora.