Theo Prins e as suas imagens estereoscópicas

Theo Prins e as suas imagens estereoscópicas

imagens estereoscopicasA forma mais fácil de criar a percepção de profundidade no cérebro é proporcionando aos olhos do espectador duas imagens diferentes, representando duas perspectivas do mesmo objecto, com um desvio menor à perspectiva que ambos os olhos recebem naturalmente na visão normal.

Sem necessidade de lentes especiais, lentes polarizadas, prismas, lentes vermelhas e azuis e todos esses artigos que nos ajudam a captar as imagens estereoscópicas ou 3D, as pinturas de Theo Prins apenas têm de ser olhadas da forma correcta.

O truque é fácil, apenas temos de fixar a nossa vista no centro das duas pinturas. Colocamos de seguida o dedo (ou um lápis, caneta, etc) entre o écran e a vista. Os olhos devem estar centrados no dedo ou no objecto fazendo com que o nosso olhar se cruze para a pintura. Vamos ajustando a posição do dedo ou objecto até que as imagens fiquem sobrepostas uma na outra. Se for feito correctamente, ver-se-ão três imagens no écran. A imagem do centro terá profundidade e as duas imagens externas não. A parte mais difícil, efectivamente, é deixar de olhar para o dedo ou objecto e continuar olhando para o écran sem descruzar os olhos. Ao princípio será difícil e tudo terá uma percepção difusa, mas a vista vai-se habituando e acabaremos por conseguir ver a imagem.

O artista Theo Prins, residente em Washington (EUA), é um dos poucos artistas que criam imagens estereoscópicas que também funcionam a 2D. A técnica é fácil segundo ele. Depois de fazer uma pintura digital, Prins cria uma cópia desta para mudar ligeiramente a perspectiva com Photoshop. Mas na realidade não é tão fácil, uma vez que é preciso isolar cada elemento da pintura em camadas separadas (até 400 camadas para uma imagem). Depois, cada uma destas camadas se move para expor um espaço atrás de si, espaço que volta a pintar para encher os vazios.

Da segunda copia faz outra copia para poder trabalhar nela de forma a poder ver a imagem ele mesmo em 3D, então é quando começa a mover cada peça em forma horizontal, à esquerda, à direita, aproximando ou distanciando do écran para poder atingir o efeito pretendido da forma correcta.

Prins diz que este método, chamado freeviewing é o seu preferido para ver imagens em 3D já que não requere nenhum dispositivo em especial e como tal, conserva totalmente a imagem original tal como qualquer pessoa o poderia ver num livro ou écran. A parte negativa de utilizar algum tipo de lente é que distorce a imagem de uma ou outra forma. Acho mal que no cinema em 3D, os óculos sejam polarizadas, coisa que não gosto pois obscurece demasiado a imagem. O artista admite que é difícil para alguém que não esteja habituado a utilizar esta técnica, fazê-lo de forma espontânea, mas a prática vai ajudar a atingir i objectivo.

Obviamente que nem todos os quadros em 2D se podem transformar em 3D. Tudo está relacionado com os elementos que compõem uma imagem e a planificação que existe por trás para criar o quadro.

Fazer com que todos estes elementos e objectos separados não percam ligação e relação uns com os outros é um verdadeiro desafio.

Impressionante todo este trabalho. Para ver mais do trabalho deste artista podem visitar o seu website, onde existe uma grande variedade de pinturas em 3D.

Clique nas imagens para visualizar em tamanho maior.

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