insectos gigantes

Quando os insectos gigantes dominavam a Terra

insectos gigantesOuve um tempo em que este planeta era dominado não só pelos dinossauros, como também por enormes aranhas, escorpiões e todo o tipo de insectos de tamanho colossal. Foi o chamado Período Carbonífero ou Carbónico. Este é o período da era Paleozóica do éon Fanerozóico que está compreendido entre 359 milhões e 245 milhões de anos atrás, aproximadamente. O período Carbonífero sucede o período Devoniano e precede o período Permiano, ambos de sua era. Na América do Norte o período é dividido em dois, o Mississippiano (entre cerca de 360 milhões e 318 milhões de anos atrás) e o Pennsylvaniano (entre cerca de 318 milhões e 299 milhões de anos atrás), sendo que em alguns outros locais estes “períodos” são considerados como épocas e consequentes subdivisões do período Carbonífero.

O Carbonífero tem este nome devido as grandes quantidades de carvão mineral encontradas em formações rochosas da época na Inglaterra, onde foram datadas pela primeira vez rochas deste período. Estas grandes formações de carvão têm origem, segundo crêem os especialistas, nas grandes florestas e pântanos que cobriam a maior parte das terras imersas do período. Apesar disto, na América do Norte, a maioria das jazidas de carvão são datados do Pennsylvaniano, enquanto as formações do Mississippiano são formadas principalmente de rochas calcárias.

Mas talvez o mais surpreendente deste período de enorme prosperidade para as plantas, tenha sido o facto de o nosso planeta ter alcançado a maior concentração de oxigénio na atmosfera (aproximadamente 35%, em contraste com os 21% actuais), o que teve como consequência o desenvolvimento de insectos com um tamanho descomunal. Desde libélulas com 75 centímetros de envergadura de asas, até miriápodes de metro e meio de comprimento, os insectos do Carbonífero foram os maiores que alguma vez existiram. A posterior descida dos níveis de oxigénio trouxe consigo uma das maiores extinções em massa que ocorreram no nosso mundo.

Naturalmente que nem todos os insectos eram gigantes durante aquele período, e muitos dos que foram encontrados em registos fósseis têm um tamanho muito semelhante aos que existem hoje em dia. Logicamente que os fósseis maiores também são mais fáceis de encontrar do que os mais pequenos, algo que favoreceria apenas o aparecimento dos maiores espécimenes em detrimento dos mais pequenos. Apesar disso, existem teorias que nos dizem que os insectos evoluíram até ficarem com esse tamanho, não só devido à atmosfera ser rica em oxigénio, como também devido à falta de predadores.

Os insectos não têm pulmões como os nossos para respirar e processar o oxigénio, uma vez que este entra nos seus corpos através dos chamados espiráculos (uma espécie de buracos de entrada) e a partir daí é distribuído por canais diminutos pelo resto do corpo, o que é conhecido como “difusão passiva”. Actualmente estes canais respiratórios estão adaptados em relação ao nível de oxigénio na atmosfera, e qualquer insecto que desenvolva uns canais maiores não irá conseguir obter mais oxigénio do que o disponível na atmosfera. Pelo contrário, durante o Período Carbonífero os insectos que dispunham de espiráculos pequenos conseguiam dispor de uma maior quantidade de oxigénio.

Segundo ficou demonstrado numa experiência feita recentemente, um grupo de moscas criadas num meio ambiente com mais 20% em relação aos níveis actuais, conseguiu ver aumentado o tamanho dos seus corpos somente após terem passado as primeiras 5 gerações, o que comprova que um ambiente mais rico em oxigénio ajuda os insectos a terem um tamanho maior.

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