Já alguma vez pensaste qual era a origem dos trovões? Provavelmente já, mas a sua formação será certamente mais complexa do que poderíamos pensar. Vamos saber como é que os trovões se formam no nosso artigo de hoje.
Durante uma tempestade com componente eléctrica podemos observar raios e relâmpagos. Estes são poderosas descargas eléctricas produzidas entre dois pontos com um potencial diferente, podendo ocorrer entre nuvens, dentro da própria nuvem ou entre as nuvens e a terra.
Esta diferença de voltagem deve-se sobretudo às diferentes velocidades de ionização dos componentes dos gases que formam as nuvens. A própria ionização destes componentes deve-se ao efeito da luz solar e da diferença de temperaturas entre os diferentes estratos da nuvem.
O comportamento explosivo da descarga eléctrica súbita cria um tubo de vazio parcial ao longo da trajectória de menor resistência seguida pelos electrões. O ar localizado no interior do tubo aquece e alcança temperaturas na ordem dos 25.000 a 30.000º C, expandindo-se rapidamente em poucos milésimos de segundo e produzindo uma enorme pressão no canal que pode ser superior a 100 atmosferas. Mas quando se mistura com o ar frio à sua volta baixa bruscamente de temperatura e contrai-se, resultando numa perturbação sonora característica: o trovão, que faz vibrar o tubo como a pele de um tambor, ressoando e retumbando. O som do trovão comporta-se mais como uma onda de choque do que como uma onda sonora típica.
Imagem TNS Sofres via Flickr