Nova Iorque

Porque se diz que Nova Iorque é a Big Apple (grande maçã)?

Nova IorqueNova Iorque, a cidade com mais habitantes dos Estados Unidos, é também conhecida por Big Apple (a grande maçã). Curioso, não?

Mas qual a origem deste nome? A Wikipédia (e mais uma grande quantidade de outras páginas) refere o nome de John J. Fitz Gerald no contexto das corridas de cavalos nos princípios dos anos 20 do século passado. Mas estará esta informação certa?

Durante muito tempo a origem desta expressão curiosa esteve envolvida em mistério, sendo objecto de uma serie de teorias, qual delas a mais absurda. Mas algumas investigações seguiram o rasto até algumas noticias saídas nos jornais da época, descobrindo que a primeira referência (ou uma das primeiras referencias) a Nova Iorque como a Grande Maçã datava do ano de 1921.

Por detrás de todas as notícias estaria a caneta do mencionado John J. Fitz Gerald, jornalista do New York Morning Telegraph, que estaria na origem das informações referidas.

No entanto, a informação está incompleta. Sabemos quem foi o primeiro a usar por escrito a expressão (o que de uma forma geral, implica já um uso mais ou menos extenso deste termo no âmbito oral), mas não nos diz se o jornalista a criou ou se apenas limitou-se a usar uma expressão já em uso.

E é aqui que podemos complementar a historia recordando que na gíria dos músicos afro-americanos de jazz, por volta dos mesmos anos vinte, “maçã” era usado como sinónimo de cidade. Efectivamente, classificavam as maçãs/cidades em pelo menos três diferentes tipos: little apples, big apples e rotten apples (as cidades podres!).

Isto significa que nos Estados Unidos da época havia outras maçãs, algumas das quais seriam também sem dúvida grandes maçãs, como por exemplo Chicago, Los Angeles ou a sempre fascinante Nova Orleães. Mas acabou por ser apenas Nova Iorque que acabou por ficar conhecida na gíria comum como a Grande Maçã.

Tudo porque o despontar do século XX foi acompanhado pelo despertar dos clubes de jazz, que tão bem podemos ver reflectido na literatura da época, com os grandes clubes de jazz, onde tocaram as estrelas da época.

E foi assim que devido às crónicas de Fitz Gerald, a expressão se tornou bastante popular em pouco tempo. Na década de trinta já a expressão estava perfeitamente consolidada, tendo até sido criado uma dança com o mesmo nome para honrar a urbe que define a essência da América melhor que qualquer outra, ao mesmo tempo que é a menos americana pela sua abertura ao mundo.

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