O tradicionais “sete pecados capitais”, a luxuria, a gula, a avareza, a preguiça, a ira, a inveja e a soberba, são um conjunto de vícios opostos aos ensinamentos morais que o Catolicismo e o Cristianismo em geral transmitem. Cada um deles foi recolhido e classificado por São Gregório Magno (540 – 604 d. C.), também conhecido por Gregório I, o sexagésimo quarto Papa da Igreja Católica.
Posteriormente, o poeta italiano, Dante Alighieri, integrou-os na redacção de “A Divina Comédia” (c.1308-1321), um poema teológico considerado hoje em dia uma obra-prima da literatura italiana e mundial. Também outros artistas europeus tiveram a sua quota-parte na promulgação destes pecados capitais, graças à ideia de os usar como fonte de inspiração para as suas obras.
Para além disso, a comunidade religiosa tem debatido durante muitos anos o verdadeiro conteúdo dos mesmos, tendo chegado em muitos casos, a diferentes interpretações.
O primeiro pecado a encabeçar a lista, a luxuria, foi definido como aquele pecado que inclui pensamentos ou desejos obsessivos ou excessivos de natureza sexual ou nas palavras de Dante, “o amor excessivo pelos outros”. O castigo correspondente à luxuria inclui ser asfixiado em fogo e enxofre.
A gula, o segundo vicio, foi interpretado como o consumo excessivo de comida e de bebida embora antigamente se utilizasse para assinalar todo o tipo de excessos. Aqueles que cometeram este pecado seriam forçados a comer ratos, sapos, lagartixas e serpentes vivas.
A avareza foi considerada como um pecado semelhante à luxuria ou à gula mas aplicada à acumulação de riquezas em particular. O castigo, ser colocado em azeite a ferver.
A preguiça foi catalogada como a “tristeza de ânimo” que afasta das obrigações espirituais ou divinas. A mesma teria como pena ser lançado para um fosso cheio de serpentes.
A ira foi descrita como um sentimento descontrolado, de ódio e raiva. O resultado deste acto seria o desmembramento da pessoa.
A inveja, o sexto pecado capital, está relacionado com a avareza, no entanto, a inveja deseja algo que os outros têm. Este pecado tem como castigo a submersão do acusado em água gelada.
Por último, a soberba ou orgulho, o desejo de ser mais importante ou atractivo que os demais, é considerado o mais grave dos pecados capitais e fonte dos mesmos. O mesmo era penalizado com o cruel método de tortura conhecido como “A roda”.
Hoje em dia, a igreja emitiu uma nova lista de pecados capitais, actualizada de acordo com o mundo globalizado em que vivemos:
Não contaminarás o meio ambiente.
Não provocarás a injustiça social.
Não causarás pobreza.
Não enriquecerás até limites obscenos às custas do bem comum.
E não consumirás drogas.