Estes ascetas mendicantes submetem-se a duríssimas provas como dormir sobre tábuas cheias de pregos, perfurarem-se com punhais, deixarem-se picar por escorpiões ou caminhar sobre vidros e brasas a arder.
Os faquires que originalmente buscavam a salvação da alma através do sofrimento, são na actualidade meras atracções turísticas que suportam a dor em troco de algumas moedas, não hesitando na utilização de truques baratos ou drogas.
Origem dos faquires
Os faquires eram monges que viviam em mosteiros no Médio Oriente e que se dedicavam à mendicidade. O termo árabe fakir significa homem pobre, em alusão tanto à pobreza material como espiritual.
A partir de determinada altura estes mendigos viajaram para oriente até chegarem à India, onde se misturaram com os iogues ou praticantes de ioga. Os iogues através da disciplina, trabalho mental, meditação e oração são capazes de dominar o respectivo corpo.
Os faquires tinham por costume submeter-se a práticas muito rigorosas e a penitências extremas. As suas técnicas psíquicas de relaxamento e autocontrole eram estudadas nas escolas de faquires e transmitidas de geração em geração.
Os faquires hoje em dia
Os faquires encontraram nas suas exibições um meio de vida e transformaram-se de uma corrente religiosa em simples artistas de circo ou de rua, cuja razão de ser está actualmente muito distante das práticas antigas.
Os espectáculos em mercados ou nas ruas são censurados pelos verdadeiros mestres iogues que denunciam o seu excesso de exibicionismo em troca de algumas moedas.
O ioga é uma disciplina magnífica, que todos podem praticar, mas não coloque em risco a sua saúde tentando imitar técnicas extravagantes, as quais em mãos inexperientes são um risco para o corpo ou mesmo de vida. Os autênticos faquires precisaram de dezenas de anos de treino até conseguirem dominar o seu corpo.