A história começa em 1927. Disney e Iwerks trabalhavam juntos numa garagem a produzir material de animação. O produtor cinematográfico Charles B. Mintz encomendou aos dois a criação de uma personagem para desenvolver uma série de curtas-metragens.
Logo apareceu Oswald, o coelho sortudo, que num abrir e fechar de olhos se tornou num êxito. Oswald foi criado apenas por Iwerks. Em 1928, Disney, numa viajem a Nova Iorque para renegociar o contrato com a produtora, tomou consciência de que haviam sido vítimas de uma má jogada legal; os direitos de autor, de um dia para o outro, passaram para Mintz. Foi um duro golpe que levou a pequena empresa à falência.
A situação económica era muito difícil e corria o primeiro trimestre de 1928. A equipa criadora precisava de rectificar e alterar a perda dos direitos de Oswald. Os desenhistas começaram a pensar sobre o que podiam fazer para sair desse mau momento. Disney, num momento de visão e lucidez, pediu a Iwerks que trabalhasse sobre a figura de um rato, inspirando-se na imagem do coelho Oswald, que tanto êxito havia tido. Que fossem arredondados as orelhas e o rosto. Iwerks começou a trabalhar, tendo então nascido assim o rato Mickey, ao qual inicialmente foi dado o nome de Mortimer. Ou seja, o desenho final é de Iwerks, mas o conceito e a ideia foram de Disney.
A apresentação do rato Mickey foi feita em Novembro desse ano com Steamboat Willie, uma curta-metragem com som onde o rato aparece a comandar um barco a vapor. O êxito foi enorme, tendo já em 1931 o clube de fãs do rato Mickey mais de um milhão de membros. Foi uma verdadeira explosão mundial e uma revolução no universo das animações. Actualmente é considerado um dos três ícones mais marcantes do século XX em conjunto com a garrafa da Coca-Cola e a suástica nazi