A ideia de criar um material com uma espessura de apenas um átomo já é um realidade desde os anos 70, mas até hoje que nunca se conseguiu ultrapassar o problema da fragilidade, isso para além do facto de muitos destes materiais experimentais apresentarem um tendência para se decomporem logo a partir do momento em que eram extraídos das câmaras de vazio onde eram criados. Graças ao trabalho dos cientistas A. Geim e K. Novoselov que foi possível a criação de um material chamado “grafeno“, que supera as expectativas até agora colocadas neste tipo de materiais, trabalho pelo qual ambos os cientistas foram galardoados com o Prémio Nobel da Física no ano de 2010.
O grafeno também possui outras propriedades para além da sua extrema espessura (é considerado como sendo um material bidimensional), é um excelente condutor de electricidade, é translúcido e pode evitar que os gases atravessem a sua superfície. Actualmente está-se a pesquisar por novas aplicações tanto no mundo da electrónica como na nanotecnologia. Uma das suas principais características é ser barato de produzir e poder ser encontrado em abundância. Bastará dizer que o traço de um lápis deixa sobre o papel várias camadas de grafeno sobrepostas.
É criado a partir de átomos de carbono ordenados de acordo com um padrão hexagonal e unidos entre si por ligações covalentes, sendo possível medir a sua dureza como sendo 200 vezes superior à do aço ou muito próximo à dos diamantes, sem nunca deixar de ser flexível. Se tivéssemos uma lâmina deste material com um metro quadrado, o seu peso não iria superar os 0,77 mg. Até à data são muitas as aplicações possíveis no futuro para o grafeno, desde circuitos de nova geração de computadores até à construção de veículos (tanto terrestres como espaciais).