Partindo da teoria que diz que o universo teve origem no Big Bang, a teoria da inflação cósmica pretende explicar a rápida expansão ocorrida nos primeiros momentos, e que ainda continua nos dias de hoje.
Enquanto a teoria do Big Bang diz que esta expansão irá ser menor com ao passar do tempo, a teoria da inflação cósmica afirma precisamente o oposto, dizendo que esta expansão será cada vez mais rápida (exponencial), superando mesmo a velocidade da luz sem violar no entanto a teoria da relatividade, já que é o espaço que se está a expandir entre dois objectos e não um objecto em si.
A teoria da inflação cósmica começou a ganhar forma em 1981 por parte do físico norte-americano do M.I.T. (Instituto tecnológico do Massachussets) Alan H. Guth, para poder explicar o elevado grau de uniformidade do universo, que não encaixava com a ideia de que a expansão fosse uma consequência do Big Bang, uma vez que uma explosão não costuma gerar uma distribuição tão uniforme da matéria. Esta uniformidade foi registada através do estudo da radiação cósmica de fundo em micro-ondas, os vestígios energéticos do Big Bang, algo do género de um eco e que se pode ainda medir 15.000 milhões de anos depois.
Seguindo o trabalho de eminentes físicos teóricos, em especial os trabalhos sobre campos gravitacionais nos buracos negros de Stephen Hawking, Guth postulou a ideia que a matéria que compõe o universo teve origem em flutuações quânticas no vazio. Um ano mais tarde, Andrei Linde apresentou uma nova teoria sobre o Universo Inflacionário, após descobrir que esta Inflação é algo comum na maioria das teorias sobre partículas elementares, campos escalares e mesmo nos modelos mais simples. Se o Big Bang foi o princípio, a sua temperatura seria tremendamente alta e o seu campo escalar possuía uma ínfima quantidade de energia, e a Inflação deveria surgir de forma natural.