Esta história começa na segunda guerra mundial, quando o presidente Roosevelt colocou em marcha um programa de construção de barcos de carga para substituir os barcos atingidos pelos torpedos dos submarinos alemães.
Roosevelt declarou que esses barcos “trariam a liberdade à Europa”, e desde então foram chamados de “Liberty Ships”. Durante o decurso da guerra construíram-se 2.751 “Liberty Ships”, e todos eles com o mesmo desenho (“Twin Ships” ou “Barcos Gémeos”) para facilitar assim a sua produção em massa.
Quando terminou a guerra, a maioria destes barcos permaneceu ao serviço como navios mercantes.
A partir de 1947, muitos deles foram vendidos e empresas de navegação em todo o mundo.
A maioria foram rebaptizados quando mudaram de dono. Mais de 20 anos depois da sua construção, dois dos “Liberty Ships” são os protagonistas da nossa história. O primeiro destes barcos, com o nome original de SS Allen G. Collins (29 de Março de 1945), foi vendido a uma empresa de navegação francesa em 1947, e finalmente adquirido em 1963 por outra empresa do Panamá com bandeira da Libéria.
Foi rebaptizado com o nome de “Ever Prosperity” (Sempre prosperidade). O segundo barco, também foi vendido em 1947 e igualmente acabou com base no porto de Monróvia (Libéria). Curiosamente, este segundo navio também foi rebaptizado com o mesmo nome: “Ever Prosperity”.
Mas os acasos não terminam aqui. O mesmo destino também quis que ambos os barcos terminassem os seus dias encalhados nos mesmos recifes da Nova Caledónia, e que fossem “guiados” até ao seu triste destino pela mesma pessoa, o nosso terceiro protagonista: um capitão coreano de que nada mais se sabe.
Em 26 de Fevereiro de 1965 o primeiro “Ever Prosperity” encalhou na barreira de recife da costa oeste da Nova Caledónia. Cinco anos depois, no dia 3 de Julho de 1970, e sob o comando do mesmo capitão, o segundo “Ever Prosperity” também se viu envolvido numa violenta tempestade na mesma costa da Nova Caledónia.
A visibilidade era praticamente nula e o recife apareceu repentinamente à frente do barco no meio do nevoeiro denso. O nosso capitão voltou a cometer o mesmo erro, e ainda que tentasse rapidamente mudar o rumo do barco, já era demasiado tarde.
Pouco depois chegou ao local um rebocador que esperou a subida da maré para tentar resgatar o barco, mas após várias tentativas não foi possível o resgate. Hoje em dia, os restos oxidados de ambos os barcos serve de distracção e curiosidade aos turistas que sobrevoam o recife de coral e de todos os que praticam mergulho nestas água paradisíacas, embora perigosas como se viu.
Curioso, não? Espero que tenha gostado deste história, e que quando subir a um barco, tente saber quem é o capitão do barco, pois nunca se sabe se o capitão desta história ainda não andará por aí…
Um comentário a “O Capitão que naufragou duas vezes, no mesmo local e com barcos semelhantes”
Eu tenho uma fobia muito estranha, e é por navios assim nesse estado; essas duas embarcações, especificamente, estavam me atormentando faz muito tempo, foi bom encontrar uma história tão completa sobre eles, ainda que não tenha ajudado muito com esse meu medo bizarro.
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Um comentário a “O Capitão que naufragou duas vezes, no mesmo local e com barcos semelhantes”
Eu tenho uma fobia muito estranha, e é por navios assim nesse estado; essas duas embarcações, especificamente, estavam me atormentando faz muito tempo, foi bom encontrar uma história tão completa sobre eles, ainda que não tenha ajudado muito com esse meu medo bizarro.