A polícia ficou pasmada com este caso. Não se compreendia como uma pessoa podia matar tantas pessoas por um motivo incompreensível. Era um dos primeiros casos de assassinos em serie de que há conhecimento na Europa. Estava louco? Porque o fazia?
Mas antes vamos conhecer um pouco sobre o seu passado. Henri-Désiré Landru nasceu em Paris no ano de 1869. Casou com uma prima, mas consta que terá sido uma união não desejada, embora se suspeite que foram obrigados a casar-se por razões óbvias, o que o terá tornado numa pessoa infeliz.
Um cavalheiro perfeito e um inventor
Escondia o seu lado psicopata por trás de uma delicada aparência de cavalheiro perfeito, a sua esposa descrevia-o como uma pessoa doce, amável, atento, asseado e bem vestido, não fumava nem bebia. Aparentemente, os primeiros anos com a sua família foram os mais felizes.
Era um homem que garantia o futuro trabalhando arduamente. Tinha uma mente curiosa para inventar coisas, especialmente as relacionadas com a mecânica. Tal foi o caso de uma bicicleta a motor que desenhou.
Conseguiu ter êxito? Parece que não, e essa foi a razão de se ter sentido fracassado a ponto de ficar transtornado. Em várias ocasiões acabou na prisão, acusado de burla. O seu pai que era viúvo, era descrito como um homem humilde, mas de moral firme, acabou por se suicidar, o que afectou muito Landru.
Seduzia as suas vítimas
O ano novo de 1914 marcou o início de uma nova era, a guerra destruiu famílias e em Paris apenas ficaram as viúvas entristecidas com a perda dos respectivos maridos. Landru começou então a anunciar nos jornais como sendo um viúvo em busca de amor. Centenas de mulheres viúvas desconsoladas respondem-lhe. As mulheres ficam impressionadas com as suas muitas qualidades, é carinhoso, delicado, afável, um perfeito cavalheiro.
Nos quatro anos seguintes, uma a uma, Landru tirou a vida a pelo menos dez viúvas. Desfazia-se dos corpos queimando-os no fogão da cozinha de uma casa que havia comprado no campo, só que finalmente foi descoberto, tal como havíamos referido no início deste artigo em inícios de 1919.
Há mais relatos de muitas mais mulheres desaparecidas naqueles anos. Os restos mortais encontrados em sua casa levaram a polícia a pensar que por trás de outras 200 mortes poderia estar a mente retorcida de Landru.
Em Fevereiro de 1922, foi condenado à guilhotina e o mistério daquele homem tão educado, o assassino de viúvas, acabou por ficar sem solução. Landru era como qualquer outra pessoa, mas acabou por fazer história devido aos seus insondáveis motivos que o levaram a tornar-se no assassino de viúvas.