Sempre se havia pensado que o Titanic se tinha afundado porque a sua tripulação navegava demasiado rápido e não viu a tempo o icebergue que provocou o seu afundamento.
Mas agora, segundo uma nova versão do ocorrido, a tripulação viu o icebergue com bastante antecedência e chocou com a massa de gelo devido a um erro do timoneiro.
A revelação foi feita no livro intitulado “Good as Gold”, escrito por Louise Patten, a neta do comandante Charles Lightoller, o segundo oficial a bordo do Titanic. Segundo Patten, o seu avô disse à família que o oficial a cargo do leme entrou em pânico e girou a roda na direcção errada.
Quando zarpou do porto inglês de Southampton rumo à cidade de Nova York em 1912, o Titanic era a última palavra em transatlânticos de luxo. No entanto, durante a sua viagem inaugural afundou-se no Atlântico Norte, causando a morte de 1.517 pessoas.
Erros
No navio havia dois sistemas de controlo com dois comandos distintos, um em frente ao outro. Era a época de transição da navegação da vela para a navegação a vapor. O novo sistema para a navegação a vapor requeria girar o leme na mesma direcção em que se queria que navegasse o navio. Enquanto que o velho sistema implicava fazer girar o leme na direcção completamente oposta.
Muitos oficiais do Titanic, tinham estado antes ao comando de barcos à vela e estavam acostumados a trabalhar com o sistema antigo. Quando o primeiro oficial, William Murdoch, viu o icebergue a duas milhas de distância, deu a ordem de “virar a estibordo”, e a ordem terá sido mal interpretada pelo seu subordinado Robert Hitchins.
Hitchins virou o leme para a direita em vez de virar para a esquerda e ainda que quase imediatamente se tenha tentado rectificar o erro e virar na direcção correcta, já era demasiado tarde.
Mas esse não foi o único equivoco.
Acreditando que o Titanic era insubmergivel, Bruce Ismay, o presidente da White Star Line, a companhia proprietária do transatlântico, convenceu o capitão para continuar a navegar. A decisão, precipitou o afundamento do barco. Segundo Patten, a embarcação mais perto do navio estava a quatro horas, pelo que se o Titanic se tivesse mantido no mesmo local, provavelmente não teria havido mortes.
Código de honra
Lightoller, que foi o único sobrevivente que esteve na reunião final dos responsáveis a cargo do navio, decidiu ocultar o que sabia pois de acordo com o seu código de honra, sentiu que era a sua obrigação proteger o seu empregador, a White Star Line, e os seus empregados.
A sua família, manteve em segredo o que Lightoller sabia sobre o afundamento do Titanic pois a sua reputação estava em jogo.