As rochas lunares cinzentas são consideradas tesouro nacional e é ilegal a sua venda. As rochas trazidas da lua foram oferecidas a cada um dos estados dos Estados Unidos e a 136 países pelo então presidente americano Richard Nixon após as missões americanas à lua e chegaram mesmo a ser vendidas no mercado negro por milhares de dólares.
Investigadores da NASA e oficiais de justiça do condado de Riverside detiveram a mulher depois de se ter reunido na passada quinta-feira com um investigador à paisana da NASA num restaurante de Lake Elsinore, uns 110 quilómetros a sudeste de Los Angeles, disseram as autoridades. A investigação decorreu durante vários meses.
Os agentes intervieram logo após a vendedora e o suposto comprador acordarem um preço e da mulher, cujo nome não foi revelado, mostrar a rocha.
A NASA planeia fazer algumas provas para determinar se a rocha efectivamente provem mesmo da lua, como era afirmado pela mulher.
Joseph Gutheinz, professor da Universidade de Phoenix e ex-investigador da NASA, disse que um responsável no Centro Espacial Johnson faria os testes de confirmação. Entre as substâncias que a rocha deve ter, se for mesmo lunar, encontra-se a armalcolita, um mineral descoberto na lua e que foi nomeado assim em honra de Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins, que iam a bordo da missão lunar Apolo 11.
A mulher não tinha nunca sido presa anteriormente. Não se sabe como terá obtido a rocha ou como foi detectada pela NASA.
Gutheinz disse que a mulher poderia enfrentar acusações de roubo se a rocha for genuína, ou de fraude se não for.
Cerca de 2.200 amostras de rochas, areia e pó da lua, com um peso de 380 quilos, foram trazidas para a Terra pelas missões Apolo entre 1969 e 1972.
Uma pesquisa recente descobriu que 10 estados americanos e mais de 90 países não sabiam onde estavam as suas rochas.
Uma rocha oferecida às Honduras foi recuperada em 1998 por um operacional da NASA quando um grupo de coleccionadores de Miami ofereceu cinco milhões de dólares por ela.