Ming foi o nome dado pelos cientistas a um exemplar de amêijoa oceânica, encontrada no ano de 2006, e cuja idade foi inicialmente datada em 405 anos, através do método de contagem dos anéis da concha. Com esta notícia, Ming passou a fazer parte do Guinness Book por ser o molusco mais velho descoberto até à presente data, embora tenha infelizmente morrido no processo quando os cientistas abriram a concha para estudar o seu interior. O recorde de Ming ultrapassa o de uma outra sua parente com 220 anos encontrada em 1982.
Uma segunda revisão dos anéis revelou que a idade real de Ming era afinal de 507 anos. A anterior estimativa foi subestimada devido à compressão dos anéis da concha (tal como se faz para saber a idade das árvores), havendo alguns anéis que ficavam sobrepostos sobre outros. A este método tradicional foram feitos outros testes mais avançados, entre os quais o teste do Carbono 14, podendo-se assim ter a certeza de que este molusco nasceu no ano de 1499 (mais ano, menos ano), na época da dinastia Ming na China, e apenas sete anos após a primeira viagem de Cristóvão Colombo até ao continente americano.
Outro dos estudos que foi possível fazer sobre a falecida Ming foi sobre as alterações climáticas e da temperatura do oceano Ártico, para se saber assim em que ano ocorreram mudanças ou eventos significativos. A explicação acerca da sua longevidade parece residir em dois aspectos principais, primeiro na tendência por herança genética, e segundo devido à quantidade mínima de oxigénio que necessita devido à extrema lentidão do seu metabolismo.
Mais uma das grandes surpresas reservadas pela mãe natureza.