A Terra em Marte

Milagre! Quando o cérebro acredita que podemos voar

Milagre! Quando o cérebro acredita que podemos voar 1

As bruxas da antiguidade acreditavam que voavam. Untavam as vassouras com atropina, para que o pau da vassoura impregnasse as mucosas nas virilhas. Através das mucosas ficavam sujeitas aos efeitos da atropina, e assim se criava a sensação química de que voavam pelo céu, como bruxas de verdade.

As pessoas que foram submetidas a grande stress também podem experimentar que saem do próprio corpo, ainda que seja por breves instantes. De algum modo sentem que estão a levitar.

Estas experiências também podem ser recriadas artificialmente em laboratório. O estímulo eléctrico de determinadas áreas do cérebro induz a pessoa a perceber o seu corpo de fora, como um espectador, como se observassem o acontecimento tal como uma câmara num plano superior.

Existem descrições em que o paciente referiu ter-se visto a si mesmo quase dois metros por cima da sua cama, próximo do tecto. Estados parecidos também foram descritos sob estímulos magnéticos.

A ketamina também chamada cetamina, provoca em quem a toma a sensação de viajar através de um túnel escuro até ter a sensação de que se voa fora do corpo.

Uma hipóxia (privação de oxigénio) cerebral pode provocar um “efeito túnel”, tal como o descrito pelos que estão próximos da morte e que muitos associam ao caminho a atravessar até chegar ao Além.

Todos estes factos poderiam ser referidos como milagrosos se o sujeito não tivesse nenhuma ideia do funcionamento do cérebro. Se a historia da humanidade está repleta de referencias a pessoas que supostamente conseguiram levitar, até que ponto devemos dar-lhes credibilidade?

Não existirá explicação científica sobre estes supostos milagres? Catalogar estes acontecimentos como milagres não será cobrir ainda com mais mistério o próprio mistério? Como saberia alguém que levitava, que o estaria a fazer devido a intervenção divina ou por neuro-química? E se toda a historia dos milagres se pudesse explicar através de erros que o nosso cérebro comete, que muitas vezes se parece demasiado com um velho aparelho cheio de curto-circuitos?

Muitos mágicos, como David Blane ou Criss Angel, conseguem levitar em frente aos nossos olhos. Milagre!

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