Actualmente existem guias turísticas de quase todos os recantos deste planeta. Mas desta vez, William K. Hartmann, um cientista da NASA, decidiu dar um passo mais além e escreveu, nada mais, nada menos, do que um guia de viagem a Marte.
Para chegar a Marte (situado a 575 milhões de quilómetros do nosso planeta), o trajecto dura dois anos. Hartmann propõe 40 atracções para que os turistas desfrutem ao máximo do planeta vermelho. Entre eles destaca-se o Monte Olimpo (com 21.000 metros de altura e proclamado como sendo o maior vulcão do Sistema Solar). Além disso, devido à menor gravidade, escalar esse vulcão não seria tão complicado e, uma vez no seu topo, seria possível contemplar todas as estrelas do firmamento.
Segundo o cientista, o viajante também não pode perder uma descida ao Valles Marineris, um desfiladeiro com sete kms de profundidade, 4.000 kms de comprimento e 200 kms de largura. Em relação ao clima de Marte, é preciso ter em conta que as suas temperaturas oscilam entre os 87º graus abaixo de zero e os 10º e, que o verão dura o dobro da Terra.
O turista, quando bem abrigado, poderia, segundo Hartmann, admirar a beleza das dunas de Terra Turrhena ou os pólos congelados que seguramente foram um oceano outrora. a obra de Hartmann conta ainda como foram feitas as primeiras observações do planeta, no século XVII, usando telescópios na procura de seres extraterrestres ou de civilizações ocultas.
Também neste curioso guia de viagem é narrada a história das explorações levadas a cabo neste planeta, as quais demonstraram que no passado Marte dispunha de grandes quantidades de agua (facto no qual muitos se baseiam para defender a hipótese de que a vida marciana é possível). Seja como for, se algum ousado turista pretender verificar por si mesmo a existência ou não de vida neste planeta, nosso vizinho, teria que desembolsar uma mais do que considerável quantidade de dinheiro, porque essa viagem seria a mais cara de toda a história da Humanidade.