Todos sonhamos. Quando estamos a dormir a mente liberta-se e começa a fazer associações livres que quase nos parecem um filme, mas onde somos ao mesmo tempo autores da história e protagonistas.
Os sonhos não seguem uma estrutura lógica. As caras das pessoas que vemos mudam constantemente, os lugares não são os que deviam ser, a idade das pessoas difere da real. Os mortos misturam-se com os vivos e as situações não teriam qualquer lógica no mundo real.
O mundo dos sonhos é fascinante porque nos deixa antever o interior do pensamento humano. Os sentimentos que não mostramos na vida diária aparecem durante o sonho, livres das amarras da realidade.
Aqui ficam algumas curiosidades sobre os sonhos que vale a pena conhecer.
As pessoas cegas sonham
Os que já tiveram visão vêm imagens nos seus sonhos. Os cegos de nascença não vêm imagens mas sonham. Os seus sonhos são igualmente reais, mas envolvem os outros sentidos, como o olfacto, o tacto e a audição. O cérebro precisa de sonhar, pelo que é capaz de superar todas as dificuldades para entrar no mundo dos sonhos.
Esquecemo-nos de 90% do que sonhamos
Nos primeiros 5 minutos esquecemos metade, e nos outros 10 minutos apenas recordamos 10% do sonho. É possível que um sonho nos apresente uma solução para um problema da vida real, pelo que podia ser importante recordá-lo. Há que tomar nota imediatamente porque a nossa memória vai esquecer o sonho quase de imediato.
Todos sonhamos
Todos sonhamos, embora subsistam algumas dúvidas em relação às pessoas com desordens psicológicas extremas. Mas os homens sonham mais frequentemente com histórias onde há outros homens, enquanto os sonhos das mulheres incluem igualmente homens e mulheres.
Sonhar previne a psicose
As pessoas que são privadas do processo de sonhar, mesmo que durmam 8 horas, apresentam dificuldades de concentração, ficam facilmente irritáveis, têm alucinações e sinais de psicose decorridos apenas três dias de privação dos sonhos.
Apenas sonhamos com o que conhecemos
Apesar de nos nossos sonhos poderem aparecer pessoas que nunca vimos, as suas caras são de pessoais reais que já vimos alguma vez na vida.
Nem todos sonham a cores
Cerca de 12% das pessoas sonha a preto e branco. Não se sabe porque os restantes 88% da população sonha a cores.
Todos sonhamos com algumas coisas específicas
Como por exemplo situações na escola, perseguições, dificuldade para correr, quedas, chegar tarde, perda de dentes, voar, etc.
Quem deixou de fumar tem sonhos mais reais
E muitas vezes sonham com eles próprios a fumar, o que lhes desperta sentimentos de pânico e culpa.
Os sonhos incorporam estímulos externos
A audição é último sentido que adormece e o primeiro a despertar (por essa razão existem os despertadores). Assim, se ouvirmos algum som enquanto estamos a sonhar, o nosso cérebro vai juntar esse som ao sonho de alguma forma.
Quando sonhamos estamos paralisados
É como que um mecanismo de protecção do corpo. O cérebro paralisa o corpo enquanto sonhamos para que não façamos os movimentos do sonho. Isto torna-se evidente quando tentamos correr e não podemos, ou gritar e não temos voz. Quando começamos a dormir, há umas glândulas que segregam uma hormona para induzir o sonho. Os neurónios enviam então sinais para a espinal medula, o que faz com que o corpo relaxe e fique essencialmente paralisado.
As pessoas que se lembram dos sonhos têm uma actividade cerebral diferente
Está provado que estas pessoas apresentam mais actividade espontânea numa região do cérebro chamada junção temporoparietal. Esta actividade é maior durante o sonho e a vigília. Também se verificou que reagem mais aos sons que ouvem quando sonham ou quando estão despertos.
Nada nos parece estranho quando estamos a sonhar
Podemos até estar perante actos o mais disparatados possível, mas raramente nos damos conta disso quando despertamos (na maioria dos casos).
No entanto, há algumas pessoas que conseguem detectar anomalias na lógica do sonho, dando-se conta que estão a sonhar e acordam imediatamente.
Agora já conheces algumas curiosidades sobre os sonhos. Todos sonhamos, muitas vezes com as mesmas coisas. O que nos pode parecer estranho é mais comum do que pensamos. Bons sonhos!