Talvez os estudiosos esotéricos possam dizer que todos os números são mágicos ou divinos, e talvez tenham razões para o dizer. Mas também a nível popular o número sete está presente no quotidiano, nas fábulas, nas crenças e nos mitos populares. Vamos aproveitar e comprovar como o número sete aparece nas nossas vidas.
Vivemos numa semana de sete dias. Que se correspondem com os sete corpos celestes móveis e visíveis sem instrumentos a partir da Terra: Lua, Marte, Mercúrio, Júpiter, Vénus, Saturno e Sol.
No campo da cultura religiosa, são sete os pecados capitais, sete os dons do Espírito Santo e sete os sacramentos. Sete foram os dias que Deus demorou a criar a Terra, contando com o dia de descanso. Para os muçulmanos, existem sete céus.
No Antigo Testamento, o faraó sonha com sete vacas gordas que são devoradas por outras sete vacas magras, e também em sete espigas de trigo grandes e belas que também são devoradas por sete espigas feias e marchas. José, que sabia interpretar os sonhos, disse-lhe que durante o reinado do faraó viriam sete anos de fartura, seguidos por sete anos de escassez, pelo que deveriam armazenar alimentos nos sete anos de fartura, para assim poderem enfrentar os sete anos de escassez.
No Apocalipse de São João, o número 7 é muito importante porque dá a totalidade, o completo, unindo o céu (3: Pai, Filho, e Espírito Santo) + a terra (4: representada pelos 4 cantos da terra.) A totalidade representada também pelos 7 dias da semana. Assim a criação toda é realizada em 7 dias incluindo o descanso do 7º dia. João escreve aos 7 anjos das 7 Igrejas. Há 7 candelabros de ouro. Os 7 candelabros são as 7 igrejas. Diante do trono estão acesas 7 lâmpadas de fogo. Há 7 Espíritos diante do trono de Deus (Os 7 olhos são os 7 Espíritos de Deus enviados por toda terra (5,6). O livro na mão-direita (DESTRA) daquele que está assentado no trono (Deus Pai) está selado com 7 selos. O 7º selo anuncia os 7 anjos diante de Deus (8,2.6) com 7 trombetas anunciando os 7 castigos. Há 7 anjos que despejam as 7 taças do furor de Deus. Há 7 trovões que ribombam. 7 mil pessoas morreram no desastre do terremoto. O dragão tem 7 cabeças e sobre cada cabeça tem 7 chifres. A 1ª besta tem também 7 cabeças. Há 7 montes que são as 7 cabeças. Há 7 reis que são as 7 cabeças. O Cordeiro tem 7 chifres (a 2ª besta tem só 2 chifres). O Cordeiro é digno de receber 7 títulos: o poder, a riqueza, a sabedoria, a força, a honra, a glória e o louvor. São 7 categorias que se sentem ameaçadas da ira de Deus: os reis da terra, os magnatas, os capitães, os ricos, os poderosos, os escravos e os livres. No final do Apocalipse há 7 visões.
O sete também está presente na natureza. São sete as cores do arco-íris e sete os chacras do homem. Também são sete as notas musicais.
Ainda assim é na cultura que o numero sete aparece com maior frequência. São sete as maravilhas do mundo antigo, há sete mares, as artes são sete (pintura, escultura, arquitectura, literatura, música, dança e cinema), são sete os anos de má sorte que irá ter quem partir um espelho, são sete as vidas de um gato…
Em relação à literatura, são sete os anões que acompanham a Branca de Neve. O Polegarzinho tinha as botas de sete léguas do papão, e o ogre contra o qual lotou tinha sete filhas. Shakespeare também acreditava que eram sete as idades do homem: infância, adolescência, o amante, o soldado, o adulto, a idade avançada, a senilidade.
Procurar o número sete na história do mundo, nos mitos do homem ou em qualquer outra coisa, é antes de mais nada, um entretenimento, mas não deixa de ser significativo que o número sete se repita constantemente.