Será que alguma vez iremos ter contacto com extraterrestres? A resposta será diferente consoante a pessoa a quem fizermos a pergunta. Neil deGrasse Tyson herdou esta esperança do seu mentor, o grande Carl Sagan. Outros, como Stephen Hawking, consideram esta situação como como algo negativo que poderá acabar com a espécie humana. Mas para além destas considerações, será isso possível? Uma possível resposta à questão pode ser-nos dada pela equação de Drake, que vamos conhecer de seguida.
O que é a equação de Drake?
Frank Drake foi um astrónomo de grande fama nos anos 50 e 60. Enquanto trabalhava no Observatório Nacional de Radio Astronomia na Virgínia Ocidental, nos Estados Unidos, desenvolveu uma possível forma de descobrir quantas civilizações potencialmente tecnológicas poderá haver na nossa galáxia.
Não nos esqueçamos que, de acordo com a nossa tecnologia actual, a única forma de descobrir vida extraterrestre fora do Sistema Solar consiste em observar se existe um uso energético. Para isso, deveriam utilizar uma tecnologia tão desenvolvida que conseguissem obter energia do seu sol ou até mesmo da própria galáxia.
Algo do género poderá estar a acontecer na estrela Tabby, com a sua possível mega-estrutura alienígena que consome a luz de uma estrela, caso esta hipótese seja real.
Tendo isto em conta, Frank Drake apresentou em 1961 uma equação onde identificava os factores que entrariam em jogo no desenvolvimento de uma civilização tecnologicamente avançada.
A equação de Drake
Hoje em dia é geralmente aceite entre a comunidade científica a equação de Drake. Esta é N= R* · fp · en · fl · fi · fc · L onde cada uma quer dizer:
- N: o número de civilizações que há na Via Láctea com emissões electromagnéticas detectáveis
- R*: o rácio de formação de estrelas com as condições favoráveis para o desenvolvimento de vida inteligente
- fp: a fracção dessas estrelas onde existe um sistema planetário
- en: o número de planetas por sistema solar que desenvolveram um meio ambiente capaz de sustentar vida
- fl: a fracção de planetas existentes actualmente onde existe vida agora
- fi: a fracção de planetas onde a vida inteligente foi capaz de imergir
- fc: a fracção de civilizações que foram capazes de desenvolver tecnologia cujo sinal pode ser detectável no espaço
- L: a quantidade de tempo que estas civilizações já estão a libertar sinais detectáveis no espaço
A verdade é que a equação de Drake envolve todos os factores necessários para que possa ser feito um hipotético contacto extraterrestre.
Por muito que os estudos demonstrem, uma e outra vez, que há mais ou menos estrelas e planetas no universo, esta fórmula é estável, apenas havendo uma variação das proporções, mas não das contas que é preciso fazer para encontrar vida inteligente para além da Terra.
O SETI, o instituto que procura vida extraterrestre, está consciente disso e utiliza esta fórmula incansavelmente no seu eterno registo do espaço em busca do tão ansiado contacto alienígena.
Para finalizar, talvez te interesse ver a clássica explicação da equação de Drake de Carl Sagan no seu mítico programa Cosmos.