Há poucos dias foram entregues os prémios Ig Nobel das investigações mais absurdas do ano.
O Ig Nobel em Psicologia foi parar às mãos dos holandeses Anita Eerland, Rolf Zwaan e ao investigador Túlio Guadalupe (Peru), por demonstrar que inclinar-se para a esquerda faz parecer que a Torre Eiffel em Paris pareça ser mais pequena.
E pela dedicação ao estudo dos salpicos de um líquido, para entender o que acontece quando uma pessoa caminha com um copo de café (e porque salpica), ao russo Rouslan Krechetnikov e a Hans Mayer, dos Estados Unidos, a quem foi atribuído o Ig Nobel em Dinâmica de Fluidos.
Noutra área, o conhecido etólogo Frans de Waal e a americana Jennifer Pokorny ganharam o Ig Nobel da Anatomia por demonstrar na “Advanced Science Letters” que os chimpanzés conseguem identificar os outros da sua espécie apenas vendo fotografias dos seus traseiros.
O prémio Ig Nobel da Medicina foi directamente para um estudo publicado no “World Journal of Gastroenterology”, e levado a cabo pelos franceses Emmanuel Ben-Soussan e Michel Antonietti, onde deram algumas recomendações aos médicos que fazem as colonoscopias para minimizar as probabilidades de os seus pacientes sofrerem uma “explosão de gases” durante o procedimento.
O Ig Nobel da Física foi atribuído aos investigadores americanos e britânicos que calcularam o equilibro de forças que dá forma e movimento ao cabelo humano quando está recolhido em forma de rabo-de-cavalo.
A empresa SKN da Rússia ganhou o Ig Nobel da Paz por ter convertido velhas munições russas em diamantes, e o sueco Johan Pettersson foi premiado com o Ig Nobel da Química por averiguar o que fazia com que ficasse verde o cabelo de certos habitantes da cidade de Anderslöv, e os japoneses Kazutaka Kurihara e Koji Tsukada obtiveram o galardão no campo da Acústica por inventar o “SpeechJammer”, um aparelho que interrompe o discurso de uma pessoa -quando fica demasiado chata- fazendo-a escutar as suas próprias palavras com um ligeiro atraso.
Em relação ao Ig Nobel das Neurociências, foi para as mãos dos americanos Craig Bennett, Abigail Baird, Michael Miller e George Wolford por terem demonstrado que os investigadores do cérebro, através do uso de complicados instrumentos e simples estatísticas, conseguem detectar actividade cerebral significativa em qualquer lado, inclusivamente num salmão morto.