A Terra em Marte

A Terra, uma grande rocha de coração quente

terraÉ curioso pensar que neste planeta em que vivemos, onde passamos por tantas alegrias e tristezas, onde podemos encontrar climas e ecossistemas variadíssimos, de onde alguns tentam sair para descobrir outras “terras” para estragar com a sua presença, não é nada mais do que uma rocha gigantesca, sólida à superfície e liquida no seu interior. Uma rocha pergunta o caro leitor? Sim, penso que podemos dizer que a Terra é tão somente uma mistura de minerais (mas não só) que se solidificaram. Mas vamos saber mais um pouco sobre o nosso planeta Terra.

Diz quem sabe sobre o assunto, que a Terra se terá formado ao mesmo tempo que o Sol. Terá ainda sido por essa altura que foi ganhando a sua forma redonda, tal como os restantes planetas. E redonda porquê? Sabemos que os líquidos tendem a ganhar uma forma arredondada (lembremo-nos das gotas de chuva a cair ou a congelar), pelo que não será muito difícil imaginar que terá acontecido o mesmo à própria Terra, à cerca de 4.600 milhões de anos atrás. Nessa altura era uma imensa rocha quente e liquidificada que foi lentamente arrefecendo (pelo menos à superfície), tendo-se formado a crosta e dando uma forma de esfera quase perfeita à Terra.

E quase perfeita porque a Terra não é realmente uma esfera devido a ser achatada nas regiões polares, devido ao movimento de translação e à velocidade com que este movimento ocorre.

Quando a Terra primitiva fundiu, os materiais menos densos ascenderam para a superfície formando a camada composicional mais externa da Terra, denominada de crosta. Esta camada contém os materiais relativamente mais leves e com baixas temperaturas de fusão que constituem diversos compostos de sílica, alumínio, cálcio, magnésio, ferro, sódio e potássio combinados com o oxigénio. A crosta pode ser subdividida em duas porções bastante diferentes: a crosta continental e a crosta oceânica. A crosta continental é mais espessa (com média em torno de 75 Km); é composta por rochas “graníticas” menos densas (2,7 g/cm3); é fortemente deformada; e, inclui as rochas mais antigas do planeta (com bilhões de anos em idade). Por contraste, a crosta oceânica é menos espessa (com média ao redor de 8 Km); é composta por rochas vulcânicas densas chamadas de basalto (3,0 g/cm3); é comparativamente menos deformada; e, geologicamente mais jovem (200 milhões de anos ou menos em idade). A base da crosta assinala uma mudança na proporção de vários elementos que compõem as rochas, mas não uma variação nas propriedades físicas.

A camada situada abaixo da crosta é chamada de manto. Ele é constituído pelos materiais de densidade intermediária deixados na porção mediana da Terra após os materiais mais pesados terem mergulhados para o centro do planeta e os materiais mais leves terem ascendido para a superfície. Esta zona possui em torno de 2.900 Km de espessura e constitui 82% do volume e 68% da massa da Terra. Os primeiros 700 km são denominados de manto superior, enquanto os 2.200 km restantes são chamados de manto inferior. O manto é composto por rochas formadas por compostos de oxigénio com ferro, magnésio e sílica. Devido a pressão das rochas sobrepostas, a densidade das rochas mantélicas aumentam com a profundidade desde 3,2 g/cm3 na sua porção mais superior até próximo de 5 g/cm3 próximo do contacto com o núcleo.

O núcleo terrestre, composto basicamente por ferro e níquel, é a massa central do planeta com aproximadamente 7.000 Km de diâmetro. A sua densidade aumenta com a profundidade, mas a média fica em torno de 10,8 g/cm3. O núcleo representa somente 16% do volume da Terra, mas, devido a sua elevada densidade, é responsável por 32% da massa do planeta.

 

E como se formaram os mares e os oceanos

Cerca de 98% da água do Planeta Terra está nos oceanos. Apesar da imensa quantidade de água existente nos rios e lagos, na verdade os oceanos comportam a quase totalidade deste elemento existente no planeta.

Toda a água teve a sua origem muito cedo na história da Terra. Os mares primitivos formaram-se sobre uma crosta terrestre em processo de arrefecimento e eram constituídos de uma água escaldante e sem vida. Eles resultaram das chuvas torrenciais causadas pela condensação das imensas e contínuas nuvens de vapor expelidas do interior da Terra pelos milhares de vulcões activos existentes.

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