Na Europa não havia tabaco, fumava-se outras ervas, algumas delas alucinogénias, outras aromáticas, mas não tabaco. A folha de tabaco apareceu no velho continente no século XV, após a descoberta da América. A sua origem está na zona doa Andes entre o Peru e o Equador, onde é cultivado à mais de cinco mil anos. O tabaco não era apenas fumado, mas também mascado, bebido, eram preparados unguentos para friccionar no corpo e era mesmo inalado após ter sido triturado.
Cristóvão Colombo foi o primeiro a trazê-lo para a Europa, após o ter conhecido num ritual maia. Há mesmo uma história cómica de um marinheiro espanhol que foi preso por bruxaria, já que segundo os inquisidores, apenas o diabo podia dar a um homem o poder de tirar fumo pela boca.
O problema é que actualmente o consumo de tabaco é uma das principais causas de morte em todo o mundo. Não foi um problema sério até à primeira revolução industrial, quando o seu consumo se começou a massificar.
Apareceram empresas que tornaram o tabaco num negócio muito rentável, tendo mesmo sido promovido como tendo mesmo benefícios terapêuticos. A partir dessa altura até à actualidade, o consumo do tabaco generalizou-se com as consequências para a saúde que todos conhecemos. A OMS calcula que actualmente acontecem cerca de 1000.000 mortes por ano relacionadas directamente com o tabagismo. A grande maioria por cancro.
Perante este terrível cenário, apareceu uma teoria muito curiosa acerca do verdadeiro objectivo dos povos americanos quando ofereceram tabaco aos europeus: uma vingança. Segundo os especialistas, antigamente eram conhecidos os riscos de fumar regularmente. Considerando a carnificina provocada pela conquista da América (calcula-se que terão morrido 85 milhões de indígenas em 150 anos), o tabaco teria sido um meio de vingar todas essas mortes. Em silencio e a longo prazo.
A teoria até tem alguma lógica, mas não é possível de ser confirmada. Se tal fosse possível de provar, seria um dos planos mais macabros de toda a história da humanidade.
