Posteriormente, os sumérios e os egípcios herdaram esta tradição, havendo provas da produção de cerveja por parte destes povos há 4.000 ou 5.000 anos. Estas cervejas eram mais densas do que as fabricadas actualmente, e certamente com maior valor nutricional. A receita de cerveja mais antiga já encontrada, data do século III e é conhecida como o Papiro de Zósimo de Panópolis, onde se mostra como era feita esta bebida à base de pão de cevada pouco cozinhado e deixado em agua a fermentar.
Outro povo apreciador de cerveja eram os celtas, que expandiram esta tradição por todas as regiões por eles colonizadas, inclusive na Península Ibérica, onde os habitantes haveriam posteriormente de desenvolver as suas próprias técnicas. Com a chegada do Império Romano houve uma importante divisão na fabricação de bebidas, uma vez que os romanos apreciavam mais o vinho, sendo por isso mais frequente o consumo e fabricação desta bebida nas regiões mediterrânicas, ficando a cerveja mais confinada nas regiões do norte da Europa.
O uso do lúpulo foi um avanço importante para a cerveja, tal como actualmente a conhecemos, já que não só lhe veio conferir esse travo amargo tão característico, como também veio ajudar à sua melhor conservação. Em inícios do século XVI o duque Guilherme IV de Baviera redigiu a primeira lei sobre a cerveja, dando as instruções sobre a forma e os ingredientes necessários para a produção de uma cerveja de qualidade, ou pelo menos sobre o que era considerado na altura como sendo uma cerveja de qualidade.
Com a chegada da revolução industrial no século XIX e a invenção dos sistemas de refrigeração, foi finalmente possível dispor de cerveja durante todo o ano (e não por temporadas como acontecia até àquela época).