5 – Viagem à Lua: Júlio Verne
No século XIX era ainda inconcebível que o homem pudesse voar, quanto mais pensar em sair do planeta. Absurdo! Uma loucura completa para a época! Mas Júlio Verne previu que seria possível voar, embora com algumas diferenças. Em “Da Terra à Lua” usou-se uma cápsula lançada a partir da Flórida, quando na vida real foi utilizado um foguete com propulsão. Para além disso, Júlio Verne ainda previu os submarinos.
4 – Antidepressivos: Aldous Huxley
Em 1932, Huxley publicou o seu livro “Admirável Mundo Novo” onde se mostrava o uso do Soma, um remédio capaz de alterar o humor das pessoas e assim mantê-las felizes. No mundo real, o estudo dos ditos medicamentos apenas começou em inícios da década de 50. De qualquer das formas, o uso de narcóticos já era conhecido, bem como o seu abuso. Huxley apenas encontrou forma de incorporar o seu uso na sociedade.
3 – iPad: Arthur C. Clarke
Talvez Steve Jobs não tenha todo o mérito da descoberta dos famosos tablets pois já em 1968 Arthur C. Clarke falou sobre objectos semelhantes no seu livro 2001: Odisseia no Espaço. Deu-lhe o nome de “newspad” e basicamente o seu funcionamento era semelhante aos actuais tablets e manuseados com os dedos. Anos depois, Orson Scott Card expandiu o conceito dos tablets em Ender’s Game (O Jogo do Exterminador ou O Jogo Final). A precisão das descrições deixa muitas dúvidas sobre a originalidade de “pensamento diferente” de Jobs.
2 – Internet e os hackers: William Gibson
Neuromancer é o livro que inspirou a trilogia de Matrix e foi publicada em 1984! Nessa altura a Internet ainda não era conhecida do grande público e ainda estava muito longe de ser o monstro informático que é actualmente. Para além de prever a Internet, as personagens são piratas informáticos (hackers) que roubam informação no ciberespaço. Na vida real apenas podiam invadir computadores e linhas telefónicas pois não existia ainda a world wide web.
1 – Vigilância e controlo do governo: George Orwell
Isto nunca devia ter-se tornado realidade. Um dos temas mais debatidos e polémicos é a questão da vigilância e o direito à privacidade, com esta última a ser cada vez mais violada. No livro 1984 foi introduzido o conceito do Big Brother: o uso de câmaras para vigiar a vida quotidiana das pessoas para as manter controladas.
Vimos isso recentemente com o controverso caso Snowden. É do conhecimento público que o governo dos Estados Unidos tem espiando mensagens, chamadas telefónicas, câmaras e demais informação em todo o mundo. Por sua vez, as lojas de roupa têm vindo a esconder câmaras nos manequins para estudar as reacções dos clientes. Faz alguma confusão imaginar que somos vigiados e mais ainda se pensarmos que existem câmaras nos smartphones, computadores, tablets, nas ruas, nos bancos e nos centros comerciais, entre muito mais lugares ou dispositivos que poderíamos mencionar. Que privacidade ainda temos, e quanta podemos vir a ambicionar ter no futuro?
A ficção científica previu imensas coisas boas, outras más, mas o que procura essencialmente é ser um espelho da nossa sociedade e tentar prever o futuro, talvez para que possamos escolher a direcção em que queremos seguir.
O que pensas sobre estas assombrosas previsões da ficção científica que se tornaram realidade? O que nos reserva o futuro? Horríveis distopias, avanços tecnológicos, grandes descobertas?
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